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Ministério atrasa envio de diluente de vacina da Pfizer

  • Terra -

O Ministério da Saúde tem atrasado a entrega do diluente obrigatório para aplicação da vacina da Pfizer, reclamam secretarias estaduais de Saúde. Na Bahia e em Pernambuco, pelo menos 300 mil doses do imunizante contra a covid-19 aguardam a chegada do insumo. O governo de Mato Grosso do Sul também enfrenta o mesmo problema. Manifestações de caminhoneiros que bloqueiam rodovias em apoio ao presidente Jair Bolsonaro contribuíram para o desabastecimento.
A vacina da Pfizer requer um diluente para ser aplicada. No País, a diluição tem sido feita com solução de cloreto de sódio 0,9% (soro fisiológico), que costuma ser distribuído junto com as vacinas. O volume é aplicado dentro do frasco em uma proporção de um frasco de diluente (1,8 ml) para um frasco de vacina, que contém seis doses, segundo especificações detalhadas pelas secretarias de saúde. Só depois dessa mistura é que o imunizante pode ser aplicado na população.

O governo de Pernambuco afirma não receber o diluente do ministério há mais de 20 dias - antes dos protestos nas estradas. O déficit do Programa Nacional de Imunização (PNI) com o Estado é de 38 mil frascos do insumo, quantidade que seria suficiente para liberar a aplicação de 228 mil doses da vacina.
O secretário estadual de Saúde, André Longo, diz que a dificuldade é recorrente e já afeta o andamento da vacinação. "O governo de Pernambuco tem feito grande esforço para garantir este insumo, a partir de empréstimos com as redes públicas e privadas, evitando atraso na proteção da população, mas essa situação não deveria ocorrer e pode, em algum momento, comprometer a campanha de vacinação", disse ele em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 9.

A Secretaria de Saúde da Bahia confirmou ao Estadão que 81,9 mil doses da Pfizer aguardam o diluente para serem liberadas no Estado. A pasta informa ter recebido do ministério o parecer de que não há previsão para regularizar a entrega. Ainda conforme o governo baiano, VTCLog, empresa de logística contratada pela Pasta, disse ao Estado que o caminhão para a entrega de diluentes está retido em São Paulo por causa das manifestações dos caminhoneiros.

O secretário de Saúde do Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, quer avançar na vacinação de adolescentes e reduzir o intervalo entre as doses da vacina da Pfizer de oito semanas para 21 dias. O produto desta marca é o único liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em menores de 18 anos.

No entanto, ele disse ao Estadão que a falta de diluentes é um gargalo: o produto já começa a faltar no Estado. A incerteza no recebimento de novas doses é outro gargalo, uma vez que o Ministério da Saúde constantemente reduz as previsões de entrega, o que prejudica o planejamento da campanha. O Mato Grosso do Sul é o Estado com maior cobertura vacinal, com 48,1% da população com duas doses.

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